A pandemia intensificou a crise econômica brasileira e evoluiu um cenário de incertezas, dificultando as projeções para as empresas, por exemplo. Empresários de diversos setores, enfrentam dificuldades para a manutenção dos seus negócios. Mesmo em meio às dificuldades, o que não pode faltar na condução da empresa, segundo o estrategista em marketing e especialista do comportamento do consumidor Gabriel Rossi, é a confiança. “Confiança é o principal alicerce da lealdade do consumidor. Ela é conquistada por meio da consistente entrega da promessa de uma marca”, revela Rossi.
O especialista afirma a clareza para com os consumidores contribui para a manutenção da confiança. Ele aponta que os alicerces fundamentais para a sobrevivência de qualquer negócio são: lucratividade, confiança do consumidor, crescimento e proteção aos riscos. “Diluir as associações positivas de qualquer marca é um ato de suicídio. Neste cenário de desaceleração econômica, é ilógico e arriscado as marcas mentirem para seus clientes”, aconselha o especialista.
E quando a confiança é quebrada?
Quando a confiança na marca é quebrada, as empresas acabam pagando um custo alto. Estratégia equivocada, por exemplo, impacta automaticamente nos revenues e na capacidade de crescimento da companhia.
Segundo o especialista, é necessário atentar a alguns fatores que contribuem para as marcas não entregarem suas “promessas”, como a chegada de novas marcas. Não dá para focar nos lucros e querer que eles aconteçam rapidamente, ou corre-se o risco de perder o foco ao tentar combater a concorrência, poe exemplo.
“No mundo global que vivemos, quem hoje controla o relacionamento é o consumidor devido ao boca a boca digital. Outro ponto que as empresas ainda pecam é a implementação lenta e irrelevante de novas tecnologias”, relata.
A tendência agora vista no Brasil acontece também em outros países, mas aqui a quebra de confiança é bem alta. Em 11 anos, por exemplo (1997-2008), a confiança dos consumidores em relação às marcas caiu de 52% para 22%.