A pandemia fez com que muitos comércios fechassem as portas temporariamente. Agora, aderindo a um “novo normal”, alguns estados já contam com a reabertura dos comércios. É o caso do comércio de São Paulo, que após mais de dois meses com as portas fechadas, vem retomando suas atividades, de forma gradual, desde o dia 1 º de junho.
A reabertura acontece com diversas restrições e recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Plano São Paulo foi divido em cinco níveis de abertura econômica. Cada região retoma as atividades em determinados setores, de acordo com a fase em que se encontra. Para a liberação, por exemplo, há alguns índices a serem levados em conta: média da taxa de ocupação de leitos de UTI; número de novas internações no mesmo período; número de óbitos.
Reabertura do comércio em São Paulo
Com a reabertura do comércio, além da segurança sanitária, os comerciantes enfrentam a baixa no consumo dos produtos e serviços. Segundo Alessandro Azzoni, advogado e economista, especialista em direito ambiental, com atuação nas áreas do Civil, Trabalhista e Tributário, o país vive atualmente um superávit da caderneta de poupança, com registro de R$ 30 bilhões em abril e R$ 37 bilhões em maio, acumulando 67 bilhões (entre saques e depósitos). “Isso é um indicativo de que a população está poupando mais e com medo de gastar”, avalia.
Além disso, o economista também acredita que a economia tende a um estado de estagnação muito grande, com um cenário muito difícil até o fim do ano e defende o modelo de reabertura heterogênea do Plano São Paulo, que é a forma mais prática de ter um parâmetro sobre o que é viável ou não nessa nova realidade, em sua visão.
Azooni admite que os pequenos podem enfrentar problemas para se adequar às normas de segurança e higiene, mas que devem estar atentos a isso para garantir o bem-estar de funcionários e clientes. Além disso, precisam se adequar às necessidades do consumidor, buscando novos nichos, reativando contatos e visando a fidelização.